O desenvolvimento deste produto já deu origem a uma nova patente.
Paula Marques, investigadora no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro (UA) e coordenadora do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA), desenvolveu um novo produto que pode ser usado para a estimulação elétrica tridimensional in vitro.
“Fui coordenadora de um projeto europeu onde o objetivo principal foi o desenvolvimento de biomateriais para aplicação em lesões da espinal medula. Tratámos estas lesões com materiais inovadores e com a aplicação de estimulação elétrica, dado que a estimulação elétrica é conhecida por ser extremamente relevante na reparação de tecidos desta natureza”, conta.
Para atingir o objetivo proposto por este projeto era necessário fazer estimulação elétrica in vitro. Nesse sentido, foi identificada a necessidade de desenvolver placas muito específicas que permitissem a estimulação tridimensional, que pudessem ser esterilizadas, e que fossem acessíveis do ponto de vista económico.
Como não existia no mercado um produto que incluísse todas estas características, Paula Marques e a sua equipa decidiram desenvolver um novo conceito de placa que deu origem a uma patente.
Esta placa tem elétrodos de grafeno, quer na base, quer no topo da placa. É uma placa que encaixa como uma peça de LEGO, permitindo colocar o topo e a base do scaffold entre esses dois elétrodos e modular de acordo com o software que foi desenvolvido para o efeito.
Este software permite também modular o tipo de estimulação que se pretende.
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