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Ep. 240 Sílvia Socorro – Projeto estuda relação entre o cancro da próstata e a obesidade

October 24, 2017

ep240_interiorQual a relação entre o cancro da próstata e a obesidade? De que forma as células do tecido adiposo contribuem para a progressão dos tumores?​


Sílvia Socorro, investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI) e docente na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI), procura responder a estas questões de forma a conhecer o metabolismo energético das células tumorais com o objetivo de controlar o desenvolvimento do cancro.

“Os principais interesses do meu grupo de investigação têm a ver com o estudo do metabolismo energético das células tumorais, nomeadamente, como é que este conhecimento poderá intervir para melhor controlar o desenvolvimento e a progressão dos tumores. Este projeto sobre a obesidade teve início em 2016 e visa caracterizar tudo o que são alterações metabólicas associadas à obesidade e que podem predispor ao desenvolvimento do cancro da próstata”, explica.

Este projeto procura avaliar as moléculas associadas ao tecido adiposo, as alterações que o tecido adiposo impõe ao nível do sistema imunitário e as alterações metabólicas que daí advêm. Estas alterações são, segundo a investigadora, importantes para a progressão do cancro e, conhecer os mecanismos responsáveis por esta progressão poderá abrir caminho para perceber o que acontece, mais especificamente, ao nível das células prostáticas.

Para Sílvia Socorro, este “é um projeto muito poderoso na medida em que envolve muitos modelos animais de obesidade, muitos modelos animais de cancro da próstata e pensa-se que daí pode de facto haver um grande progresso no estabelecer desta relação entre a obesidade e o cancro da próstata.”

“Embora a obesidade não seja um fator de risco determinante no cancro da próstata, o que é conhecido e que se sabe é que os indivíduos com cancro da próstata obesos têm piores prognósticos e uma menor taxa de sobrevivência que indivíduos normais e esse é também um grande desafio: identificar aquilo que acontece nestes indivíduos para melhor prevenir e melhor tratar”, conclui.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | UBI

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