Este estudo procurou avaliar o impacto e as necessidades dos pais de crianças pré-termo.
Mariana Amorim, investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), realizou este estudo com os objetivos de identificar os principais problemas que afetam os pais de crianças pré-termo, e de propor soluções para os resolver.
Segundo a investigadora, o nascimento de uma criança prematura e o consequente internamento numa unidade de cuidados intensivos neonatais afetam o agregado familiar e a qualidade de vida dos seus elementos durante muitos anos.
Neste estudo foram aplicados questionários a 120 mães e 91 pais durante o internamento da criança numa unidade de cuidados intensivos neonatais entre o 15.º e o 22.º dia.
Quatro meses depois do nascimento da criança foi feito um novo questionário, acompanhado por entrevistas semiestruturadas a alguns dos pais que participaram no estudo.
“Os resultados deste trabalho sublinham a importância de se desenvolver políticas sectoriais integradas e centradas na família dentro e fora das unidades de cuidados intensivos neonatais no sentido de melhorar a qualidade de vida destes pais e destas mães”, conta.
Uma das sugestões propostas por Mariana Amorim passa pela criação de uma licença de parentalidade específica durante o período de internamento da criança que inclua o período de internamento no período normal da licença. Atualmente, a licença de parentalidade não contempla nenhum regime de exceção para pais de crianças pré-termo.
“Para além disso seria interessante criar intervenções focadas para colmatar os efeitos negativos que a constante vigilância e higienização têm na qualidade de vida parental”, acrescenta.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | twitter | Researchgate | ISPUP
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