Na maior parte dos cancros humanos uma proteína fundamental para a supressão de tumores encontra-se inibida. Esta investigação está a estudar métodos capazes de evitar a inibição desta proteína.
Maria Santos, investigadora no Instituto de Investigação do Medicamento (iMed.ULisboa) na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), está estudar os mecanismos de inibição da proteína p53 com o intuito de reativar a acção anti-tumoral desta proteína.
A proteína p53 é uma proteína supressora de tumores que se encontra inibida na maior parte dos cancros que afetam o ser humano.
Uma possível terapia para o tratamento de tumores poderia passar pela ativação desta proteína. Para tal, a equipa de Maria Santos procura desenvolver pequenas moléculas que possam ser usadas na clínica para ativar a proteína p53.
“Sabendo que em 50% dos cancros a proteína p53 está inibida porque há um aumento da expressão de reguladores negativos que a inibem, uma das estratégias seria desenvolver pequenas moléculas que consigam inibir os reguladores negativos da atividade da p53”, revela.
Maria Santos está atualmente a desenvolver um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia cujo objetivo é estudar compostos que já mostraram algum potencial de inibição de um dos dois reguladores negativos da proteína p53.
A ideia é modificar estes compostos já conhecidos para que estes consigam inibir ambos os reguladores negativos da proteína p53.
“Dessa forma vamos ter uma ativação mais efetiva da proteína p53 que poderá então exercer o seu papel como proteína supressora de tumores”, acrescenta.
Maria Santos espera conseguir desenvolver uma molécula que possa vir a ter as propriedades adequadas para poder um dia vir a ser usada na clínica.
Saiba mais sobre a investigadora em: iMed | FFUL
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