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Ep. 772 Firmino Machado – Convites por SMS e chamadas personalizadas garantem maior participação dos utentes no rastreio do cancro do colo do útero

January 21, 2020

ep772_interiorEste estudo avaliou a adesão dos utentes às consultas de rastreio do cancro do colo do útero através do uso de SMS e chamadas personalizadas em substituição do tradicional convite por carta.


Firmino Machado, investigador do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e médico na Unidade de Saúde Pública do Porto Ocidental, demonstrou que este sistema não só garante um aumento de 14 pontos percentuais na adesão dos utentes como tem o potencial de poupar ao Estado cerca de 2 milhões de euros por ano.

Este estudo foi desenvolvido junto de utentes da zona ocidental da cidade do Porto. Esta área geográfica apresenta um valor de adesão aos convites tradicionais por carta de cerca de 25%.

Esta baixa percentagem de adesão às consultas de rastreio do cancro do colo do útero motivaram a implementação de novos métodos de forma a garantir que um maior número de mulheres participe nestas consultas.

Foi então implementada uma intervenção de base populacional na qual foi testada uma estratégia de convite baseada em SMS automáticos e personalizados, em alternativa a um convite habitual por carta.

Caso o SMS não fosse eficaz em convencer a utente a participar na consulta, esta seria contactada por telefone através de uma chamada personalizada.

Esta estratégia de SMS automáticos em combinação com chamadas personalizadas resultou numa adesão de 39% da população às consultas de rastreio. Um aumento de 14 pontos percentuais quando comparada com os convites por carta.

Esta estratégia tem um custo de cerca de 1 cêntimo por mulher convidada enquanto o convite tradicional por carta pode ascender aos 90 cêntimos por convite.

Implementar esta estratégia a nível nacional pode permitir uma poupança de cerca de 2 milhões de euros por ano ao Estado.

“Se pensarmos a nível nacional estamos a falar de uma economia de cerca de 2 milhões de euros todos os anos só na alteração desta estratégia do procedimento habitual para o procedimento que estamos a testar”, reforça.

Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | ISPUP

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