Estudo realizado a 355 mulheres grávidas na Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra revelou que 15% das mães desenvolviam perturbações obsessivo-compulsivas no pós-parto.
Ana Telma Pereira, investigadora no Instituto de Psicologia Médica (IPM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), avaliou a prevalência da perturbação obsessivo-compulsiva em mulheres no pós-parto.
A presença de obsessões e compulsões na gravidez e no pós-parto é muito comum, atingindo cerca de 70% das mães e também um número muito considerável dos pais.
Este estudo analisou uma amostra de 355 mulheres grávidas na Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra que foram avaliadas através de inquérito no segundo trimestre de gravidez, e dois a três meses após o parto.
As mulheres eram convidadas a preencher um conjunto de questionários que incluía a avaliação de sintomas associados à fenomenologia obsessivo-compulsiva. Estes sintomas iam desde pensamentos a compulsões associadas a uma constante e excessiva higienização do bebé.
Os principais resultados revelaram que a presença de obsessões e compulsões é muito comum, atingindo cerca de 70% das mulheres. 15% das participantes revelaram um nível de sintomas com gravidade clinicamente relevante.
Para além dos inquéritos foram também realizadas entrevistas de diagnóstico que revelaram que cerca de 3% das mulheres que participaram neste estudo apresentaram um preenchimento completo dos critérios de diagnóstico de perturbação obsessivo-compulsiva no pós-parto.
Saiba mais sobre a investigadora em: Researchgate | Wook | UC
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