Esta investigação está a desenvolver um método que visa detetar de forma precoce as castas de videira que apresentem resistência a doenças como o míldio, e às alterações climáticas.
Andreia Figueiredo, líder do Grupo de Biologia e Sistemas de Patógenos da Vinha (GPS Lab) e investigadora e docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), está a desenvolver este trabalho com o objetivo de reduzir o uso de pesticidas, fungicidas e outros agentes fitoquímicos na vinha.
O GPS Lab tem como foco principal desenvolver diferentes abordagens para colmatar os problemas de resistência da vinha a agentes patogénicos, e para reduzir os problemas associados à aplicação de agentes fitoquímicos para o controlo destas doenças.
Nesse sentido está a ser realizada uma análise da diversidade genética de castas portuguesas, americanas, e asiáticas, que possam apresentar uma maior resistência quer a agentes patogénicos, como às alterações climáticas.
“Estamos a tentar compreender em diferentes níveis dentro da célula que componentes é que poderão efetivamente ser eficazes no reconhecimento dos patógenos e na ativação de todo o sistema de defesa das plantas”, refere.
Este estudo vai também tentar identificar as componentes genéticas que as castas asiáticas e americanas têm, e que lhes conferem resistência contra doenças. Com este conhecimento será possível introduzir estas componentes em castas europeias inseridas em programas de melhoramento.
Os programas de melhoramento convencionais são programas que tentam cruzar e fazer uma introgressão de características de interesse para a vinha, como a resistência a fungos.
Segundo Andreia Figueiredo, esta investigação poderá contribuir para a identificação de marcadores que permitam selecionar de forma precoce as plantas que apresentem maior resistência a doenças como o míldio ou o oídio.
Assim será possível verificar logo no início do crescimento da vinha, se essa planta tem as características de resistência requeridas.
As plantas que apresentarem as melhores características de resistência serão depois combinadas com as castas europeias susceptíveis.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | FCUL
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