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Ep. 1239 Sílvia Afonso – Investigação desenvolve técnicas para prolongar o tempo de armazenamento da cereja

January 13, 2022

ep1239_interiorEste estudo pretende aumentar a sustentabilidade económica da produção de cereja e procurar novas aplicações para os subprodutos desta indústria.


Sílvia Afonso, investigadora no Centro de Investigação em Tecnologias Ambientais e Biológicas (CITAB) na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), está a desenvolver técnicas para prolongar o tempo de armazenamento e de prateleira da cereja.

“Uma vez que a cereja é um fruto muito perecível e com o reduzido tempo de prateleira decidimos aplicar películas comestíveis a este fruto para prolongar o seu tempo de armazenamento”, conta.

Foram apicados extratos aquosos e hidroetanólicos de três plantas aromáticas e medicinais, o tomilho, a menta e a satureja das montanhas, assim como aloé vera e quitosano. As cerejas cobertas com estes extratos foram avaliadas ao fim de três, sete e catorze dias no frio, e mais três dias à temperatura ambiente.

Os resultados gerais mostraram que os extratos aquosos de satureja e de tomilho foram os que obtiveram melhores resultados. Sílvia Afonso acredita que estes extratos podem representar uma abordagem inovadora e natural para preservar a qualidade e prolongar o tempo de prateleira destes frutos.

Outra linha de trabalho deste doutoramento visava a valorização de subprodutos da cereja. Nesse sentido foram realizados estudos sobre o potencial bioativo de extractos dos pedúnculos e dos caroços de cereja.

“Verificámos que estes possuem propriedades bioativas muito interessantes com um rico conteúdo em compostos fenólicos, e com uma grande atividade antioxidante”, revela.

Foi também possível verificar que os pedúnculos possuem uma atividade antibacteriana muito vasta, uma vez que foram capazes de inibir o crescimento de isolados de bactérias.

Isto significa que os pedúnculos de cereja podem ser uma solução valiosa para mitigar o problema da resistência bacteriana a antibióticos.

No entanto, Sílvia Afonso reforça que é ainda necessário realizar mais estudos para testar a aplicabilidade deste subproduto.

Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | CITAB

 

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