Este projeto avaliou a qualidade do ar interior em microambientes utilizados pela população lisboeta.
Marta Almeida, investigadora no Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN) do Instituto Superior Técnico (IST), participa no projeto LIFE Index-Air, uma iniciativa que tem como objetivo melhorar a qualidade do ar nas cidades europeias e reduzir os seus efeitos na saúde.
O projeto LIFE Index-Air pretende desenvolver uma ferramenta integrada para reduzir a exposição a partículas em suspensão no ar. Para tal, foram realizados estudos sobre a qualidade do ar em cinco cidades europeias: Lisboa, Porto, Atenas, Kuopio e Treviso.
Em Lisboa foi avaliada a qualidade do ar em vários microambientes utilizados pela população da cidade, com foco nas crianças, já que a população infantil é mais vulnerável aos efeitos de uma fraca qualidade do ar.
Este estudo preliminar demonstrou que as crianças lisboetas passam cerca de 80% do seu tempo em ambientes interiores, na escola, em casa e em transportes.
Nesse sentido, foi avaliada qualidade do ar nesses microbiambientes e também no exterior. As conclusões demonstraram que existem fontes interiores que reduzem a qualidade do ar, como a utilização de incensos, de velas, de lareiras, ou a limpeza dos espaços, e que nas escolas a ventilação nem sempre é feita da melhor forma.
“A informação que obtivemos nestas campanhas de mobilização foi bastante importante para conseguirmos construir uma ferramenta de apoio à decisão que relaciona a qualidade do ar, à exposição, à dose inalada e à saúde”, revela.
Esta ferramenta poderá ser usada pelas autoridades para desenhar medidas para melhorar a qualidade do ar na sua cidade, mas também para educar a população sobre o impacto da mudança dos seus comportamentos na qualidade do ar e na saúde.
“Adotar comportamentos mais saudáveis e comportamentos que tenham impacto positivo na saúde é bastante importante. Queremos capacitar a população para que ela possa de uma forma consciente alterar os seus comportamentos”, reforça.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | C2TN