Este projeto está a analisar textos sobre o passado colonial português com o objetivo de conhecer e preservar as representações do colonialismo português escritas por autores contemporâneos.
Fernando Moreira, professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e investigador no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho (UM), está a estudar o passado colonial português através da análise de textos escritos por autores contemporâneos do Estado Novo.
“Nós olhamos para o passado colonial português não só como uma marca de identidade e como uma forma de representação cultural mas também como algo que fixa, projetando um tempo histórico”, conta.
Para Fernando Moreira, as narrativas coloniais enquanto formas de representação, assim como outras fontes documentais, são fundamentais para a História, para a cultura, para a memória e, sobretudo, para o entendimento do passado colonial português.
Esta linha de investigação tem como objetivos compreender as representações culturais no antes e no após da independência do mundo colonial português, e identificar a percepção de autores do mundo colonial português, como Maria da Graça Azumbuja, Guilhermina de Azeredo, Henrique Galvão, Reis Ventura, e Castro Soromenho, sobre as diferentes práticas interculturais da época, sejam elas inclusivas, ou exclusivas, no contexto de um encontro de culturas.
“É exatamente aqui que a nossa investigação também se produz, é a partir deste encontro de culturas para melhor podermos contribuir para o estabelecimento, em termos de determinados momentos épocais, daquilo que nós chamamos a identidade cultural portuguesa”, acrescenta.
Esta investigação vai ter como base metodológica a análise qualitativa e comparativa de textos publicados durante este período de forma a identificar as diferentes narrativas prevalentes durante o Estado Novo sobre o passado colonial português.
Saiba mais sobre o investigador em: Linkedin | Researchgate | UTAD
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