É importante conhecer o nível de toxicidade destes novos materiais para garantir a segurança de quem os usa.
Vânia Vilas-Boas, investigadora no grupo de Nanosegurança do INL – Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, está a desenvolver modelos celulares de pulmão para estudar os efeitos de diferentes nanomateriais na saúde humana.
“Temos assistido a um incrível avanço tecnológico muito em parte devido ao desenvolvimento de nanotecnologia. Isto gera novos nanomateriais que têm que ser testados quanto aos seus efeitos na saúde humana”, conta.
O grupo de Nanosegurança do INL está dividido em quatro linhas de investigação, e Vânia Vilas-Boas trabalha na linha de nanotoxicologia.
O seu grupo desenvolve modelos celulares de pulmão humano que procuram imitar a barreira pulmonar. É na barreira pulmonar onde ocorrem as trocas gasosas do nosso organismo quando respiramos.
O objetivo passa por expor estes modelos celulares a diferentes compostos, que podem ser químicos convencionais ou nanoquímicos. Serão depois usados sensores para avaliar os efeitos induzidos por estes compostos nos modelos celulares de pulmão, identificando os biomarcadores libertados pelas células.
Esta informação será útil para perceber o nível de toxicidade de diferentes materiais e para propor normas de segurança para a sua utilização.
Os modelos celulares de pulmão estão já numa fase avançada de desenvolvimento. Eles serão integrados em sistemas de órgãos-em-chip que irão facilitar o uso destes modelos em laboratório.
Neste momento estão a ser otimizadas as estratégias de funcionalização dos sensores que serão integrados nestes modelos.
Esta investigação está integrada no SINFONIA, um projeto ERA Chair financiado por fundos europeus.
Saiba mais sobre a investigadora em: Linkedin | Researchgate | Google Scholar | INL
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